Poemário

Despojos de algo mais

  A luz do sol na janela Não é o sol – é a janela.   Chego tarde, e a indiferença De quem viveu, à minha dor, É o sacramento da angústia, Ungida pelo não-vivido E por quem o não viveu comigo.   Chego tarde. Pelo chão os despojos Vis, Clamorosos São o pregão da […]

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Poemário

Amor ready-made

Começar a desmembrar A estatuazinha fluorescente Do Amor. Nomear, sacramentar A convulsão particular A conformação irregular Da dor.   Que o bocejo e o orgasmo O tango do pulso improvisado Sejam de cada um apenas – Que só eu saiba esse poema! Seja apenas meu, o meu abismo E seja amar o que é suposto: […]

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Poemário

Desumano

  O que eu preciso – Desumano instinto Desumano faminto de desigualdade – é identidade.   O que eu preciso é de deformidade.   Prega assim o Evangelho – velho só de culpa – Novo, e que resulta dos receios de Solidão: “Não há perdão para a revolta”. Ah! Queira um homem ser cadáver Caído […]

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