Manhã de Abril, de novo a treva
Alastra dos tímpanos furados
Pulsa
Recolhe
Avança
Sobre um choro interrompido
(instinto rude!), a um nado vivo.
De cima de ombros direitos
Senhores dirão,
Olhando em frente:
A treva cessou para sempre
Desde a antepenúltima vez.
Sepultam cravos em espingardas
Rubor que não deixa descendência –
Maldizem o vento que ainda tenta
Abrir a pele a uma semente.
Olha para trás
Pequeno cravo!
Sobe a ombros curvados
Cuida os canteiros antigos –
Eles estão ainda vivos
E há ainda tanto vento –
Entre os dois, apenas tu,
A boca e o alimento
Da treva e da alvorada.
Relembra
(E deixa o medo de guarda):
Sem Abril na luz de Agosto
A manhã é quase, quase nada…